A Ressurreição e Glorificação de Jesus Cristo - VI » Tifsa Brasil

A Ressurreição e Glorificação de Jesus Cristo – VI

A ressurreição física e corporal do Senhor Jesus Cristo é o fundamento inabalável do Evangelho e da nossa fé. De fato, o cristianismo não seria mais do que uma religião, se Cristo não tivesse ressuscitado dentre os mortos. Portanto, é a ressurreição de Cristo, dentre outras coisas, que o faz diferente dos grandes filósofos e fundadores de religiões humanas. É a ressurreição de Cristo que faz do cristianis­mo o elo de comunhão entre o homem e uma Pessoa, o pró­prio Cristo ressurreto. Portanto, não é sem motivo que o Diabo e muitos homens ímpios, tendo tentado destruir o cristianismo, foram impedidos de fazê-lo, pois, em qual­quer direção em que se encontrassem, sempre se viam diante dum túmulo vazio, o túmulo daquele que foi morto, mas vive para jamais morrer.

1. A Realidade da Ressurreição de Cristo

A realidade da ressurreição de Cristo se evidencia ao longo da narrativa one-testamentária. Suas provas se veem:

a) No sepulcro vazio (Lc 24.3).

b) Nas aparições do Senhor a Maria Madalena, às mulheres, a Simão Pedro, aos dois discípulos no ca­minho de Emaús, aos discípulos no Cenáculo, a To­me, a João e Pedro, a todo o grupo dos discípu­los (Jo 20.16; Mt 28.,8,9; Lc 24.13,14,25-27,30-32; Jo 20.19,26,29; 21.5-7; 1 Co 15.4-7).

c) Na transformação operada nos discípulos (Jo 7.3-5).

d) Na mudança do dia de descanso e adoração sema­nais (At 20.7; 1 Co 16.2).

e) No testemunho positivo de Pedro no dia de Pentecostes, e de Paulo, no Areópago (At 2.14,22-24; 17.31).

f) No testemunho do próprio Cristo quando se revelou a João, em Patmos (Ap 1.18).

2. Resultados da Ressurreição de Cristo

A ressurreição de Jesus Cristo:

É o cumprimento da promessa de Deus aos pais (At 13.32,33).

Confirma a divindade de Jesus Cristo, colocando-a acima de qualquer dúvida (Rm 1.4).

-É prova de justificação dos crentes (Rm 4. 23-25).

-Torna possível o imutável sacerdócio de Cristo (Hb 7. 22,25).

Possibilita o crente tornar-se frutífero para Deus (Rm 7.4).

É o penhor divino do julgamento futuro (At 17.41).

3. A Glorificação de Cristo

Na sua carta aos Filipenses, quanto à encarnação, hu­milhação e glorificação de Jesus Cristo, escreveu o apósto­lo Paulo:”…pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obe­diente até a morte e morte de cruz. Pelo que Deus também o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo no­me, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e de­baixo da terra, e toda língua confesse que Jesus cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.6-11). Do estudo deste texto do apóstolo Paulo, compreende­mos que a glorificação de Jesus Cristo se evidencia nos se­guintes fatos:

a) Deus exaltou a Jesus dando-lhe a dignidade de so­berano.

b) Não apenas a Pessoa de Cristo, mas também o seu próprio nome está acima de todo nome que se possa nomear nos céus, na terra e no inferno.

c) O nome de Jesus impõe reverência da parte dos an­jos, dos homens e dos demônios.

d) No futuro, o nome de Cristo será declarado em sua plenitude como Rei dos reis, Senhor de todos e Senhor da glória.

e) A glorificação plena de Jesus Cristo está intima­mente associada à própria glória de Deus Pai.

Não há melhor defesa contra a especulação do que a fé no Senhor tal como Deus no-lo revelou. Toda a especula­ção é derrotada pela fé que vence o mundo, pela fé que ou­viu as promessas: “Tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16.33). Cristo é o Senhor vivo que domina todos os tempos. Em 1742, alguém, glosando o mencionado final de João, escrevia: “Oxalá, pelo menos, o nosso mundo desse guari­da aos livros que descrevessem a obra do Senhor exalta­do!”Certamente a exaltação de Cristo está indissoluvelmente ligada a tudo quanto Ele fez na terra e que João des­creve com admiração; mas, de fato, merece ponderação especialíssima a realidade de que este Senhor vivo é o Se­nhor da Igreja, o Cristo exaltado, que está a fazer uma obra indescritível e continuada em seu Reino, e cuja proteção nunca cessa.

A viva fé da comunidade tampouco cessará, mas sempre ecoará a antiga proclamação cristológica: Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem, ba­seada no testemunho dos profetas e apóstolos. Perfeito re­sumo desta fé são as palavras lapidares de Hebreus 13.8; “Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre”. Esta inalterabilidade do Ser de Cristo vence qualquer especulação. Aquele que sabe quem ele é, conhece sua Obra e repousa confiado: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim” (A Pessoa de Cristo – Aste – Págs. 274-275). Continuar lendo…

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