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O Estudo da Bibliologia

INTRODUÇÃO

A Chamada “Escritura Sagrada”, “Sagradas Escrituras”, simplesmente “Escrituras” ou “Palavra de Deus”, a Bíblia se constitui na única regra de fé e de conduta do cristão. Ela contém a mente de Deus, o estado espiritual do homem, o caminho da salvação, a condenação dos impenitentes, e a felicidade dos santos. Suas doutrinas são santas, seus preceitos são leis, suas histórias são verídicas e suas decisões irrevogáveis. Compreender a origem, propósito e alcance da Bíblia Sagrada é condição indispensável a todos quantos buscam compreender a boa, santa e agradável vontade de Deus, e a estarem habilitados a cumpri-la em suas vidas diariamente. As sagradas Escrituras sempre foi o livro mais lido em todo mundo. Todos livros que surgem caducam. Mais elas não.

I. A Necessidade das Escrituras

A existência das Escrituras só pode ser aceita e a sua mensagem assimilada, na medida da nossa compreensão da necessidade da revelação de Deus. Isto é: a Bíblia Sagrada é o livro (o registro) da revelação especial de Deus. Tudo quanto o homem necessita saber acerca de Deus e do Seu propósito redentor para com a humanidade caída, ele encontrará nas Escrituras. As Escrituras, pois, se tornaram necessárias e a sua existência é justificada pelo menos pelas seguintes razões:

1. Por Causa da Queda do Homem

A queda do homem tolheu não só a sua liberdade de escolher e fazer o que é bom. A queda inibiu a capacidade criadora do homem, bem como a sua capacidade de assi­milação da revelação de Deus, dentro dos moldes até então conhecidos. O estado de queda do homem é descrito nas seguintes palavras do apóstolo Paulo: “Não há um justo, nem um se­quer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fi­zeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; com as suas línguas tratam enganosamente, peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; cuja boca está cheia de maldição e amargu­ra. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; e não conhecem o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos” Rm (3.10-18).

Em estado de queda e de desgraça, o homem já não desfrutava do privilégio de ouvir “a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim pela viração do dia (Gn 3.8). – Aprouve, porém, a Deus, fazer uso da Palavra escrita, como meio de conduzir o homem caído à luz, ao arrependimento, à confissão e à redenção. Através das Escrituras, Deus desce ao nível da compreensão do homem, e, com o auxílio do Espírito Santo e da exposição do Evangelho, faz da Bíblia Sagrada a porta de escape e de volta do homem ao estado de graça perdido decorrente da queda.

2. Por Causa do Amor de Deus

É difícil compreender como Deus podendo viver sem o homem, criou meios – verdadeiros laços de amor (Os 11.4). -, através dos quais traz o homem de volta à sua presença, como se lhe fosse impossível viver sem a companhia e a amizade do homem!A existência das Escrituras é prova mais do que plausível dos esforços de Deus no sentido de aproximar o homem de seu meigo coração. O testemunho milenar das Escrituras é que “Deus se dá a conhecer”.A nossa crença na bondade de Deus há de nos conduzir, necessariamente, à compreensão de que através da sua Palavra. Ele se revela pessoalmente àqueles que Ele criou.

“Não podemos crer que um pai se oculte para sempre de seu filho, e sem nunca se comunicar com ele. Tampouco podemos imaginar um Deus que retivesse o conhecimento do seu ser e de sua vontade, ocultando-se às suas criaturas que Ele criara à Sua própria imagem” (Conhecendo as Doutrinas Bíblicas – Editora Vida – Pág. 19). Deus fez o homem capaz e desejoso de conhecer a rea­lidade das coisas. Será que Ele ocultaria uma revelação que satisfizesse esse anelo? Pelo contrário. Diz o profeta de Deus: “Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Se­nhor; como a alva será a sua saída; e ele nos virá como a chuva, como a chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3). A revela­ção de Deus é possível, é progressiva, é certa.

A mitologia do Egito antigo conta da Esfinge que pro­punha enigmas aos transeuntes, e como os matava quando não os podiam decifrar. Não é assim que Deus age. Ele não nos submete a nenhum teste para nos convencer de quão ignorantes somos. Pelo contrário. Ele se revela a nós com o propósito de nos fazer entender que é possível conhecê-lo melhor. Os “mistérios” registrados nas Escrituras não se­rão mistérios eternamente.

O que hoje nos é encoberto, no futuro será revelado dentro duma visão mais completa da vontade de Deus.”Agora só podemos ver e compreender um pouquinho a respeito de Deus, como se estivéssemos observando seu reflexo num espelho muito ruim; mas o dia chegará quan­do o veremos integralmente, face a face. Tudo quanto sei agora é obscuro e confuso, mas depois verei tudo com clareza, tão claramente como Deus está vendo agora mesmo o interior do meu coração” (1 Co 13.12, O Novo Testamento Vivo).

3. Por Causa da Igreja

Uma vez que as Escrituras nos foram dadas como “proveitosas para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra” (2 Tm 3.16,17),como compreender a Igreja caso as Escrituras não existis­sem?A Igreja, sua organização, seu governo e seu serviço, seriam simplesmente inconcebíveis, caso a Bíblia não exis­tisse. Assim como o Estado necessita duma Constituição, baseada na qual os seus governantes e legisladores possam governar e legislar, de igual modo a Igreja depende da ação reguladora das Escrituras.

O futuro da Igreja na terra é determinado por aquilo que ela crer acerca do que a Bíblia diz. Se a Igreja tiver a Bíblia na conta de autoridade e constituição, então suas afirmações positivas constituem para nós a única base da doutrina cristã.

4. Por Causa do Cristão Individualmente

A regra cristã do certo e do errado é a Palavra de Deus – os escritores do Antigo e do Novo Testamento, tudo o que os profetas e os homens santos da antiguidade escreveram quando movidos pelo Espírito Santo; toda a Escritura que foi dada pela inspiração de Deus é que é realmente provei­tosa para a doutrina e para ensinar toda a vontade de Deus, para reprovação do que lhe é contrário, para correção do erro, para instruir-nos e treinar-nos na justiça (2 Tm 3.16,17).

A Bíblia é lâmpada para os pés do cristão bem como luz para todos os seus caminhos. Ele a recebe como a sua única regra do que é justo e do que é errado, de tudo aquilo que é realmente bom ou mau. Ela nada tem como bom senão aquilo que nela contém, quer diretamente ou por sim­ples consequência; nada tem como mau senão o que ela proíbe, quer claramente ou por inferência inegável. Tudo o que a Escritura não proíbe nem ordena quer diretamente ou por simples consequência, o cristão crê que seja de natureza indiferente, nem bom nem mau em si mesmo; esta é a regra total e única pela qual a sua consciência é dirigida em todas as coisas. Continuar lendo…

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