O Caráter de Jesus Cristo - IV » Tifsa Brasil

O Caráter de Jesus Cristo – IV

O caráter imaculado de Jesus Cristo tem recebido a aprovação e a recomendação não apenas de Deus Pai, dos seus anjos e dos santos, mas até os demônios têm reconhe­cido isto. Ao longo de quase dois milênios o seu nome e a sua vida impõem respeito e ternura e têm sido motivo ins­pirador de milhões de vidas em toda a terra e em todos os tempos. Dentre tantos testemunhos quanto o caráter santo de Cristo, destacamos os seguintes, de três pensadores cristãos.

“O caráter de Jesus dá tremenda força à nossa cren­ça nele. Sua vida foi tudo quanto uma vida deve ser, quando julgada segundo os padrões mais elevados” – Bispo McDowell.

“Ainda que algo do caráter de Cristo se tenha reve­lado em uma Era e algo mais dele em outra, a pró­pria eternidade, todavia, não é suficiente para ma­nifestá-lo inteiramente” – Flavel.

“Seu caráter saiu aprovado através dos ataques maliciosos de dois mil anos, e hoje, perante o mun­do apresenta-se impecável em todos os sentidos. Seu nome é sinônimo de Deus sobre a terra” – Bispo Foster (Teologia Elementar – Imprensa Batista – Pág.116).

1. A Santidade de Jesus Cristo

A santidade de Jesus Cristo, quanto ao seu verdadeiro significado, indica que Ele era isento de toda contaminação (1 Jo 3.5), absoluta e imaculadamente puro (1 Jo 3.3). Ele era absoluta­mente livre de todos os elementos de impureza. Ele pos­suía todos os elementos de pureza positiva e perfeita santi­dade.A santidade como parte inseparável do caráter divino de Jesus foi constatada e motivo de apreciação da parte de santos e pecadores. A santidade de Jesus foi testemunhada pelos espíritos imundos, por Judas Iscariótes, Pilatos, pela esposa de Pilatos, pelo malfeitor moribundo na cruz, pelo centurião romano por ocasião da crucificação, pelos após­tolos Pedro e João, Ananinas de Damasco, por todo o grupo apostólico, pelo apóstolo Paulo, pelo próprio Jesus Cristo, e por Deus, o Pai (Mc 1.23,24; Mt 27.3,4; Jo 18.38; Mt 27.19; Lc 23.41; At 3.14; 1 Jo 3.5).

A santidade de Jesus é manifesta de forma muito pa­tente nos seguintes casos do Novo Testamento:

a) Por sua atitude para com o pecado e a justiça (Hb 1.9).

b) Por suas ações referentes ao pecado e à vontade de Deus (1 Pd 2.22).

c) Pela sua exigência de santidade da parte dos ou­tros (Mt 5.48).

d) Pela sua repreensão do pecado dos pecadores (Mt 16.23).

e) Mediante seu sacrifício para salvar os homens do pecado (1 Pd 2.24).

f) Pelo castigo destinado aos impenitentes (2 Ts 1.7-9).

2. O Amor de Jesus Cristo

Por “amor de Jesus Cristo” se entende seu desejo e disposição na promoção do bem-estar dos objetos de sua afeição pessoal, e de sua devoção particular. Neste parti­cular, são objetos do amor de Jesus Cristo:

Deus Pai (Jo 14.31).

A Igreja (Ef 5.25).

Os crentes como indivíduos (Gl 2.20).

Aqueles que lhe pertencem (Jo 13.1).

Os discípulos obedientes (Jo 14.21).

Seus próprios inimigos (Lc 23.34).

Seus próprios familiares (Jo 19. 25-27).

As crianças (Mc 10. 13-16).

Os pecadores perdidos (Rm 5.6-8).

3. A mansidão de Jesus Cristo

A mansidão de Jesus Cristo é manifesta ao longo do Novo Testamento

Na longanimidade e tolerância para com os fracos e faltosos (Mt 12.20).

Na concessão do perdão e da paz a quem merecia censura e condenação (Lc 7. 38,48,50).

No proporcionar cura a quem procurava obtê-la de modo indigno (Mc 5.33,34).

No repreender mansamente a incredulidade reniten­te (Jo 21.15-17).

No corrigir de modo terno a autoconfiança, a infidelidade e a tríplice flagrante negação por parte de Pedro (Jo 21.15-17).

No repreender mansamente a Judas Iscariotes que o traía (Mt 26.48-50).

-Na compassiva oração a favor dos seus algozes (Lc 23.34).

4. Á Humildade de Jesus Cristo

A humildade de Cristo manifesta no Novo Testamen­to, é demonstrada nos seguintes casos:

Ao assumir a forma e posição de servo (Jo 13.4,5).

Por não buscar sua própria glória (Jo 8.50).

Ao evitar a notoriedade e o louvor (Is 42.2).

Ao associar-se aos desprezados e rejeitados (Lc 15. 1,2).

Por sua paciente submissão e silêncio em vista de in­júrias, ultrajes e injustiças (1 Pd 2.23).

V. A Obra de Jesus Cristo

A obra de Cristo envolve toda a sua vida e ministério terrenos. Envolve a sua pregação, os seus milagres, a sua morte, ressurreição e glorificação. Abordamos a obra de Cristo aqui, apenas no que diz respeito à nossa redenção.

1. A Morte de Jesus Cristo

A importância da morte de Cristo é demonstrada:

Pela relação vital que ela tem com a sua Pessoa.

Por sua conexão vital com a encarnação (Hb 2.14).

Pela posição de relevo que lhe é dada nas Escrituras (Lc 24. 27,44).

Por ter sido alvo de investigação fervorosa por parte dos santos do Antigo Testamento (1 Pd 1.11).

Por ser elemento de interesse e pesquisa dos anjos (1 Pd 1.12).

Como uma das verdades cardeais do Evangelho (1 Co 15.1,3,4).

Como assunto único da conversa por ocasião da sua transfiguração (Lc 9.30,31).

Sendo uma religião nitidamente redentora, o cristia­nismo prioriza a morte de Cristo como tema da sua prega­ção. Deste modo o cristianismo assume posição de desta­que, elevando-se acima de todas as religiões do mundo.

2. A Necessidade da Morte de Jesus Cristo

A morte de Jesus Cristo tornou-se necessária por cau­sa da santidade, do amor e do propósito de Deus, face ao pecado do homem e ao cumprimento das Escrituras (Hc 1.13; Jo 3.16; 1 Pd 2.25; Lc 24.25-27; At 2.23). Jesus não morreu acidentalmente, nem como mártir; também não morreu meramente para exercer influênciamoral sobre os homens, nem para manifestar o desprazer de Deus contra o pecado; nem meramente para expressar o amor de Deus pelos homens. A morte de Cristo foi o único recurso da economia divina que satisfazia plenamente os requisitos necessários à redenção do homem caído. Positivamente considerada, a morte de Cristo

Foi predeterminada (At 2.23).

Foi voluntária – por livre escolha, não por compul­são (Jo 10.17,18).

Foi vicaria – a favor de outros (1 Pd 3.18).

Foi sacrificial – como holocausto pelo pecado (1 Co 5.7).

Foi propiciatória – cobrindo ou tornando favorá­vel (1 Jo 4.10).

Foi redentora – resgatando por meio de pagamen­to (Gl 4.4,5).

Foi substitutiva – em lugar de outros (1 Pd 2.24).

Em seu escopo, a morte de Cristo tem duplo aspecto: o universal e o restrito. Assim sendo, entendemos que a mor­te de Cristo foi:

a) Pelo mundo inteiro (1 Jo 2.2).

b) Por cada indivíduo da raça humana (Hb 2.9).

c) Pelos pecadores, pelos justos e pelos ímpios (Rm 5.6-8).

d) Pela igreja e por todos os crentes (Ef 5.25-27).

O mundo inteiro foi incluído no alcance e providência da morte de Cristo, e até certo ponto compartilha de seus benefícios. Mas essa provisão só se torna plenamente efi­caz e redentora no caso daqueles que crêem. Isto é, a morte de Cristo é universal em seu alcance, mas restrita em sua eficácia, uma vez que só aqueles que a aceitam é que serão salvos.

3. Resultados da Morte de Cristo

Dentre os incontáveis resultados da morte de Cristo, salientam-se os seguintes:

Uma nova oportunidade de reconciliação do homem com Deus (Rm 3.25).

Os homens são atraídos a Ele (Jo 12.32,33).

A propiciação total dos pecados (1 Jo 1.9).

• A remoção do pecado do mundo (Jo 1.29).

• A potencial anulação do poder do pecado (Hb 9.26).

A redenção da maldição da lei é assegurada (Gl 3.13).

Remoção da barreira entre judeus e gentios (Ef 2.14-16).

É anulada a distância entre o crente e Deus (Ef 2.13).

Garantia do perdão de pecados (Ef 1.7).

A derrota dos poderes e principados (Cl 2.14,15).

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