Os Membros da Igreja - V » Tifsa Brasil

Os Membros da Igreja – V

Uma igreja é uma congregação de crentes em Jesus Cristo batizados depois duma profissão de fé, e voluntariamente ligados sob a aliança especial para a manutenção do culto, verdades, ordenanças, e disciplina do evangelho Portanto, face à questão quanto, a saber, quem são e quais as características dos membros da Igreja de Cristo, diríamos:

1. A Igreja é Composta Somente por Aqueles que Demonstram fé em Cristo.

As unidades da Igreja são almas regeneradas e que vivem em união com Cristo. Deste modo a Igreja é uma assembléia de tais almas, atraídas umas às outras por afinidades espirituais da nova vida que cada uma recebeu e pelo vínculo comum que as une a Deus. Disse Jesus que “aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus” (Jo 3.3). É assim que o novo nascimento espiritual se constitui condição indispensável e fundamental para a união do homem com a Igreja cristã. Por mais difícil que pareça ser o estabelecimento duma igreja formada só de pessoas inteiramente regeneradas, a verdade é que a igreja local que mais trabalha no sentido de levar os seus membros a demonstrarem uma genuína conversão, mais tem se aproximado do ideal duma vida de fé e de pureza.

2. Uma Igreja se Compõe Somente Daqueles que Foram Batizados Depois duma Profissão de Fé

As considerações seguintes fazem do batismo em água, não uma opção mas uma ordenança para ser cumprida pelo crente:

-A comissão apostólica dada por Jesus nos manda não apenas fazer discípulos, mas também batizar (Mt 28.19). A ordem de fazer discípulos e depois batizar, se preserve definitivamente como decreto da autoridade divina.

-Nas Escrituras, o batismo é o primeiro ato público do crente. Esse ato tem duplo significado: a) fala do rompimento do crente com a vida de outrora; e b) fala do seu membramento no corpo de Cristo, que é a Igreja. O batismo em água, desde o princípio, tem sido considerado como prática uniforme de admissão do neo-convertido à igreja.

– As Epístolas do Novo Testamento se dirigem às igrejas, como corpos compostos exclusivamente de pessoas batizadas em águas (Rm 6.1-14; 1 Pd 3.21).

Existem três formas distintas de igrejas, que se diferenciam entre si pelos princípios fundamentais de sua organização, são elas: Episcopal, Presbiteriana e Congregacional.

1. O Sistema Episcopal

O sistema episcopal de organização da igreja consiste numa rija hierarquia, concentrando o poder eclesiástico no sacerdócio formado de três ordens de bispos, sacerdotes e diáconos. Essas três ordens formam uma espécie de governo sacerdotal. Esta forma é adotada pela Igreja Católica Romana, a Igreja da Inglaterra, a Igreja Protestante Episcopal dos Estados Unidos, e a Igreja Metodista Episcopal. Nesta última os bispos se diferenciam dos presbíteros não como uma ordem distinta, mas somente por razões de funções. Em todas estas igrejas o poder principal está nas mãos do clero, que se constitui um corpo que se perpetua a si mesmo, distinto da congregação local, e virtualmente independente dela.

2. O Sistema Presbiteriano

Nas igrejas que adotam este sistema de organização, a recepção e disciplina de membros são confiadas a um conselho, composto de pastores, e anciãos eleitos pela congregação; mas todos. Os atos eclesiásticos estão sujeitos a revisão por um conselho superior, composto de pastores e anciãos de muitas outras congregações. A igreja, segundo a concepção presbiteriana, é formada de muitas e distintas congregações, reunidas por seus representantes – pastores e anciãos – em um corpo, no qual reside todo o poder eclesiástico. Por isto há uma cadeia de comando na seguinte ordem: o conselho, cujos membros são eleitos pela congregação individual; o presbitério, composto de delegados dos distintos conselhos; o sínodo, corpo local composto de delegados de vários presbitérios; e a assembléia geral, composta de delegados de todos os presbitérios, e que constitui a última corte de apelação. Todos os oficiais eleitos pela congregação local e todos os atos executados por ela podem ser anulados por esta mais alta autoridade eclesiástica.

3. O Sistema Congregacional

No sistema Congregacional de igreja, todo o poder eclesiástico é exercido por cada igreja local, reunida em uma congregação, e as decisões tomadas pela igreja local individual não estão sujeitas a revogação por nenhum outro corpo eclesiástico. A esta classe pertence, com ligeiras diferenças e pormenores de organização, os Independentes da Inglaterra, as igrejas congregacionais da América e as igrejas batistas de todo o mundo (Su Forma de Gobierno y Sus Ordenanzas – Editora Mundo Hispano – Pág.110). Quando comparadas estes três sistemas de igreja, não há dúvida que o sistema Congregacional é o que melhor se identifica com o modelo de organização da Igreja primitiva. De acordo com o Novo Testamento, era a igreja como congregação local (e não o seu ministério ordinário), que tinha autoridade de receber, disciplinar e excluir a seus membros (1 Co 5.1-5; 2 Co 2.4,5; Rm 16.17; 2 Ts 3.6). Ela detinha com exclusividade o direito de eleger os seus próprios oficiais (At 1.15-26; 6.1-6; 14.23; 1 Co 16.3). De acordo com a História da Igreja, foram as congregações locais que escolheram espontaneamente, proeminentes bispos, como Atanásio (328 d.C.), Ambrósio (374 d.C.) e Crisóstomo (398 d.C.). A igreja local, ainda, detém o poder de decidir assuntos não decididos pelas Escrituras.

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