O Que Significa A Expressão: Chuva Serôdia? » Tifsa Brasil

O que significa a expressão: Chuva Serôdia?

A expressão “Chuva Serôdia”, é muito difundida no meio evangélico, mas muitos nem sequer sabem do significado dela. Chuva Serôdia, que traduzida da palavra hebraica malqosh e do grego opsimos, significa: chuva da primavera. Sua ocorrência, pode aparecer em frases diferentes, dependendo das versões das Bíblias que foram traduzidas, mas ela tem o mesmo significado. Como por exemplo, ela pode vir, como: Chuva Serôdia, últimas chuvas ou chuvas da primavera.

As chuvas da primavera na Palestina, ocorrem no final de fevereiro ao início de abril, promovendo o crescimento e maturação plena aos grãos nos campos. Esse foi o período em que Deus escolheu e pediu para que Moisés estabelecesse na sua lei, como época das celebrações da Páscoa, dos Pães Asmos (Ex 12:15) e da Festa das Primícias. Mas a continuação dessas celebrações, dependia tão somente do povo.

Notação importante
Os festivais da primavera em Israel, durava do dia catorze de abril à tarde, ao dia vinte do mesmo mês (Ex 12:18).

Vimos que quando Deus retirou os judeus da escravidão do Egito (Ex 12:17), Ele prometeu que, se eles permanecessem fiéis e obedientes aos seus mandamentos ao chegarem em Canaã, Ele enviaria as chuvas temporãs e a serôdias no seu tempo certo, fazendo com que seus campos se tornassem férteis e produtivos, para que eles sempre tivessem motivos para festejar. Dizendo em outras palavras, seus campos trariam fartura de cereal, leite, mel, vinho, azeite e outras guloseimas que a terra pode produzir (Dt 11.14).
Não podemos esquecer, que, o gozo de todos esses privilégios, vindo das mãos de Deus, eram baseadas na lei da barganha ou do retorno, como está explicado em Jeremias capítulo 5, nos versos 24-25. Ou seja, os judeus obedeciam à lei de Moisés, tinham como retorno as bênçãos da terra da prometida pela sua obediência a Deus.

Essa expressão se tornou tão difundida entre os judeus, que eles usavam para fazer um paralelismo, como uma medida equidistante, para dizer que, quem gozava dessas bênçãos, correspondia, fazia jus, ou dizia que ele era obediente a lei de Deus (Os 6:3). Então esse paralelismo figurado, podemos chamar de figura de linguagem, de: o “Paralelismo Produtivo Teológico”, onde a pessoa estava entre duas situações que devia escolher, se queria obedecer a Deus, para gozar delas, ou desobedecer para não tê-las (Jr 3:3).
Por outro lado, o sábio Salomão dizia, que benevolência de Deus na figura do rei, é comparada como a nuvem que traz chuva serôdia (Pv 16:15). O que ele quer dizer, é que quem for obediente ao rei, gozará de sua simpatia, e obviamente será contemplado pela sua benevolência.

Além disso, é bom dizer, que essas bênçãos materiais, estava submetida ao crivo da lei da barganha, no qual era permitido pela lei de Moisés. Sendo assim, para ser beneficiado por essas bênçãos, dependia tão somente do indivíduo. Pois se ele obedecesse a Deus; Ele estava pronto para atendê-los e não negava quando a pessoa obediente requeria seus direitos garantidos pela lei neste sentido (Zc 10:1). Em outras palavras, se a pessoa fosse obediente a lei e Deus, Ele fazia questão que ela cobrasse dEle os benefícios que Lhe prometera, que não estava cometendo pecado de murmuração.

É interessante notar, que quando olhamos para as predições do profeta de Joel, sobre o futuro derramamento do Espírito Santo, ele usa o paralelismo, dizendo que o batismo com o Espírito Santo, seria semelhante a “Chuva Serôdia” (J1 2.23), que garante o crescimento e a maturação dos frutos e dos grãos no campo. Todos hão de concordar comigo, que em qualquer parte da terra, onde existe a estação do ano conhecida como primavera, as chuvas que caem nesse período, são motivos de festa e alegria; tanto para o homem como para os animais, porque é tempo de fartura e o clima torna-se amenos: trazendo suavidade e frescor aos dias e as noites. Em Israel, a primavera, é interpretado como sendo tempo de festa, paz e alegria diante de Deus e de distribuição de presentes ao próximo.
Vale ressaltar, que os apóstolos e os demais obreiros da igreja primitiva, utilizavam esse paralelismo, para beneficiar a vida espiritual dos santos, quando exortava eles exercitar sua paciência na hora do sofrimento, pois que segundo eles, a bênção seria certa, assim como a Chuva Serôdia, que traz vida e fartura no campo do agricultor que persevera com paciência (Tg 5:1-11). Autor: Pbsena

Redes sociais
27 visualizações

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *