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Autoridade, eficácia do regime e a confiança mútua: as crenças que polarizam a sociedade brasileira

Crenças que polarizam a sociedade brasileira
É notório que a polarização no Brasil é um fenômeno social que surgiu nos últimos anos, e que só aumenta. Ele é interpretado como sendo a consequência das crenças políticas por acreditar ou não em um determinado tipo de regime de governo entre os anos de 2014 e 2016. Dentre eles, destacam-se: a crença de autoridade, a eficácia do regime e a confiança mútua.

Apreende-se que a crença de autoridade, é um aspecto político de como o povo interpreta a administração pública no que diz respeito ao seu poder de influência e estabilidade política. Além disso, seus adeptos acreditam, que estes dois fatores contribuem para melhorar a relação entre e governo e o povo, ajudando na criação de bases e hierarquias políticas, que possibilitem o estabelecimento de regimes hegemônicos e totalitários em detrimento de ideias que sejam favoráveis a democracia poliárquica. A leitura que se retira do pensamento desta crença, é que um regime de governo onde se concentra autoridade excessiva nas mãos de poucos, ele não cede espaço para um regime com princípios democráticos, tornando-se dificultando à implantação de um regime baseado em princípios de democráticos ou poliárquicos. É diante deste canário, que a polarização no Brasil vem se redesenhando, porque encima desta crença, um grupo crer que o Governo deve ter mais poder de influência para governar; e outro grupo acredita que este tipo de estabilidade conduz o país ao um regime totalitário.

Por outro lado, a crença na eficácia do regime, acredita que esta pela sua solidez, ele será capaz de cuidar e solucionar os problemas do povo. Salvo contrário ele perde a confiança do povo, e consequentemente sua popularidade, abalando a crença na autoridade do Governo e do Governante. Além disso, quando este tipo de regime relaxa no cumprimento de seus deveres para com seus cidadãos, o governo perde o brilho e o governante a competência e a moral para governar. Entende-se que esta é a atual situação política do Brasil, na qual ela contribuiu direto e indiretamente para o nascimento e a crescente divisões ideológicas, no contexto da polarização entre os grupos políticos de esquerdas e direitas. Este tipo de configuração política, só vem trazendo sérios prejuízos para toda sociedade brasileira, como por exemplo: desatabilidade democrática, financeira, desarmonia social, atrofiamento do projetos de infraestruturas, dentre outros.

Ademais disso conclui-se, que a crença na confiança mútua, tende favorecer o nascimento de sistema de Governo que adota leis e princípios democráticos/poliárquicos. O que não está existindo atualmente no Brasil ambiente e clima social fértil para isto. Mas ao contrário impera no país um clima de desconfiança mútua dos grupos em respeito aos últimos governos, alegando que eles não foram capazes de cumprir as metas administrativas em favor dos cidadãos. Além disso, observa-se que por conta disto, os grupos começaram a se polarizar e a se fundir em dois grandes grupos nos últimos anos, que subsequentemente começaram se hostilizar verbalmente e fisicamente. É indiscutível que as crises desta polarização são visíveis e ameaçadoras. Elas vem trazendo sérias consequências em todas as áreas da sociedade brasileira; e a suspeita do surgimento de regimes totalitários e hegemônicos no país.

Como se ver, a polarização é uma realidade no Brasil. Ela é a fusão ou o resultado das crenças dos grupos em um regime de Governo, em que cada um deles acredita que determinado sistema político é o melhor para seu grupo. Enquanto isto ela só aumenta, trazendo sérios prejuízos a sociedade republicana brasileira, e não se ver, pelo menos até agora, um entendimento entre as partes (partidos/políticos/ativistas) para chegar a um denominador comum para minimizar e amoralizar as crises e diminui as consequências que ela vem causando à sociedade brasileira. Além disso, vimos que na visão de alguns ativistas políticos, os governos não estão dispostos para retirar o país da anomia jurídica, combater a corrupção e deixar de governar baseado no poder da barganha e dos conchavas em troca de apoio, porque não querem sair do sistêmico vício da prática da corrupção. Entende-se que, esta luta pela sobrevivência de muitos políticos dentro do sistema do Governo, é porque eles encontram apoio nas leis, que eles mesmo criaram para cristalizar suas ações.

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