Estudo De Caso - Os Contrastes Entre O Crescimento Econômico E O Uso Racional Dos Recursos Produtivos » Tifsa Brasil

Estudo de caso – Os contrastes entre o crescimento econômico e o uso racional dos recursos produtivos

1. É inegável que existe uma enorme contradição entre a promessa do setor econômico em investir em um crescimento econômico sustentável de forma racional e responsável usando os recursos naturais de que eles dispõe. Dentre tantos exemplos que conhecemos a nível de Brasil, destacamos aqui apenas o do Estado de Alagoas que envolve diretamente o setor de mineração no entorno da capital Maceió, de onde é extraído o sal-gema que é usado pela indústria química para fabricação variados itens, como: plásticos, cloro, soda cáustica, ácido clorídrico, bicarbonato de sódio, indústrias de papel, celulose, vidro, sabão, detergente, pasta de dente, dentre os tipos de produtos.

1.2. Saber-se que, que é a meta de qualquer Estado da federação brasileira, se desenvolver economicamente. Mas em se falando no desenvolvimento no setor de mineração, os investimentos ganham novos capítulos quando este quesito vem dos recursos naturais, e especialmente na extração de mineração do solo em regiões urbanas, de nascentes, rios, lagoas, etc. Cumpre ressaltar que, qualquer que seja os investimentos no setor de desenvolvimento econômico de uma região que envolve os recursos naturas do solo, é preciso que as leis tenham regras claras quando visa conceder concessão de exploratória mineral, o que parece que não foi caso de Maceió, no Estado de Alagoas. É sabido que a extração mineral do sal-gema no entorno de Maceió, começou ainda na década do ano de 1970, e isto prova que o problema da degradação do solo alagoenses é mais antigo do que possamos imaginar. Neste caso, detecta, que houve irresponsabilidade por parte da empresa mineradora na região, e dos órgãos do Estado que sabiam da gravidade do problema, e apenas empurraram ou jogaram a responsabilidade para outros agentes governamentais, permitindo que a mineradora extraísse o sal-gema numa profundidade de até 1,2 mil metros, que corresponde a edifício 39 andares. Neste argumento, se pode lançar uma boa parcela de irresponsabilidade da mineradora, que não queremos citá-las por questão ética escolar.

1.3. Além disso, vimos que alguns setores produtivos se preocupa mais com seus aspectos econômicos, e não prioriza a questão do meio ambiente, porque eles estão mais preocupados na busca pelo lucro, do que produzir usando os recursos naturais de forma sustentável. Para termos uma ideia, o sal-gema é um minério que é extraído das rochas que estão a mais de mil de metros de profundidade do solo. E para que a empresa conseguisse extraí-lo do subsolo alagoense, ela teve que penetrar suas brocas de aço em uma profundidade de até 1,2 mil metros. Além do mais, é necessário notabilizarmos, que, a retirada deste minério do subsolo, é feito pelo processo de dissolução. Ou seja, a magna cava o poço onde existe minério, e em seguida, ela injeta água, formando uma espécie salmoura, e depois ela suga esta solução ou substância para a superfície, de onde é extraído o sal-gema. Entende-se, que uma vez que este sal foi retirado do subsolo, sobre ele foram criados espaços vazios que foram preenchidos com águas, e não com materiais sólidos, como deviria ter sido feito. E qual foi ou qual o resultado deste procedimento mal feito? Desmoronamento a partir do subsolo que resultou na tragedia que estamos vendo hoje em Maceió. Para se ter uma ideia, em várias regiões da capital alagoana, está abrindo crateras. E uma delas já tem o tamanho do estádio do Maracanã, que fica no Rio de Janeiro. Já neste argumento, lança-se parte da responsabilidade sobre políticos inescrupulosos, os agentes e órgãos públicos de fiscalização que não tomaram medidas cabíveis para evitar o desastre que fora anunciado.

1.4. Como se pode ver, o Estado de Alagoas, com sua capital Maceió, que recebeu a alcunha ou o apelido de Costa dos Corais, que é um dos menores dos estados do Nordeste brasileiro, cujo litoral tem um clima tropical que é banhado por inúmeras praias de areia branca e repletas de lindas palmeiras, e que também têm várias lagoas de águas cristalinas e diversos recifes de corais, está amargando e sofrendo as drásticas consequências do uso irresponsável dos recursos naturais. Apreende-se que este desastre causado pelas ações humanas no Estado de Alagoas, que envolve diretamente o setor econômico e produtivo, é um dos exemplos que contrasta com o crescimento e desenvolvimento sustentável dos recursos naturais do solo. É sabido que os órgãos de fiscalização já vinham fazendo alertas à décadas de que existiriam riscos de possíveis desabamentos do solo no entorno da extração do minério do sal-gema. Entretanto, estes mesmos órgãos fiscalização, não tomaram nenhuma medida ou decisão para evitar o desastre. Deste modo, eles podem serem responsabilizados porque cometeram o crime de prevaricação, pois estava sobre suas responsabilidades tomar alguma decisão ou orientar aquele setor de mineração no caso em questão, mas nada fizeram.

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