O nome “Brasil” em Esperanto é “Brazilo“. A bandeira verde é a bandeira do movimento esperantista.
O Esperanto é uma língua planejada, também chamada de língua planificada, língua inventada ou língua artificial. A última designação é, porém, evitada, devido à duplicidade de significados na língua portuguesa.
Em Português, o adjetivo “artificial” tem um significado literal e outro figurado. O dicionário Aulete diz que, quanto ao primeiro significado, artificial é aquilo que é “produzido por arte e indústria e não pela natureza“; e que, quanto ao segundo significado, artificial é aquilo “que revela fingimento, que não é espontâneo ou sincero“. Aparentemente em Português o segundo significado é mais difundido que o primeiro. Por isso, um falante de Português poderia pensar que uma “língua artificial” não é uma língua de verdade.
Em Esperanto, a palavra que corresponde a “artificial” (artefarita) nunca possui o segundo sentido descrito no dicionário Aulete. Quando se diz em Esperanto que uma coisa é “artefarita” diz-se sempre que essa coisa foi feita artisticamente ou que foi feita com algum conhecimento/técnica específico(a). Em Esperanto a palavra “artefarita” nunca tem o sentido pejorativo de ser “fingido”, “superficial”, “falso” ou “sem profundidade de caráter”. Para esses sentidos, outras palavras são usadas (ŝajna, supraĵa, falsa, senkaraktera). Por isso, há uma resistência, por parte dos esperantistas falantes de Português, em chamar o Esperanto de “artificial”, pois em Português é grande a probabilidade de uma compreensão pejorativa.
O Esperanto, cuja base inicial foi publicada em 1887, é uma língua neutra internacional.
O Esperanto é neutro porque reflete a diversidade de culturas da humanidade. O Esperanto não é uma língua que pertence a um(a) grupo/etnia/país específico(a), mas a todos os povos, de forma abrangente e indiscriminada. Cada povo traz uma parcela de sua cultura para juntos construírem uma identidade global. O Esperanto não é, nem tem de forma geral a intenção de ser, uma língua oficial de algum país.
O Esperanto é internacional, porque foi idealizado com o objetivo de ser usado entre nações, de servir como ponte entre pessoas de diferentes países que não falam um idioma em comum. Autor: Paulo Silas, o Esperantista do Brasil.
