Introdução
O surgimento do dízimo é um mistério que ainda não desvendado até agora. E até hoje não sabemos quem foi o autor ou criador do dízimo. Quem ler as Sagradas Escrituras nas partes que falam sobre os dízimos, cria enorme curiosidade querendo encontrar pelo menos um verso que dê uma pista ou que lhe indique quem foi o criador do dízimo. Você pode passar anos e anos pesquisando em todo tipo de fonte bíblia e históricas; que lhe dê pelo menos uma pista de onde veio a ideia de criar o dízimo ou qual foi a pessoa ou nação que teve a brilhante ideia de criar esse imposto que Deus pediu para Moisés anexar à lei, porque viu ele tinha algo de bom que podia abençoar sua obra por meio dele. O dízimo é um mistério que está escondido por trás de sete chaves, e só Deus sabe quem foi seu criador.
O surgimento do dízimo
É do livro de Gênesis, que temos conhecimento do surgimento do dízimo pela primeira vez, ainda dos tempos dos patriarca Abrão e do sumo sacerdote e Rei Melquisedeque. A Bíblia não diz que Melquisedeque foi o criador do dízimo. Existem a possibilidade do dízimo de ter sido criador pelos horeus, pelos Jebuseus ou pelos amorreus; pelo fato destas três nações terem governado Jerusalém antes dela ser conquistada por Davi; que era um representante legal de Melquisedeque na pessoa do Messias.
A cidade de Jerusalém permaneceu intacta durante séculos entre os territórios de Israel mesmo depois da conquista de Moisés e Josué, e também durante a ocupação e as conquistas das terras pelas tribos israelitas. Mesmo depois da eleição de um rei, no caso Saul; ela permaneceu protegida até que um represente legal do sacerdócio do Messias pudesse romper suas muralhas e transformar a cidade de Jerusalém na cidade do grande Rei e Sumo Sacerdote Jesus Cristo. Mas por que ela não foi conquistada por Saul? Porque Saul não era represente legal do Messias, nem pertencia a tribo de Judá da qual contribuiu para abolição da ordem de Arão, e que recebeu a ordem sacerdotal segundo a ordem de Melquisedeque.
O dízimo segundo a ordem de Melquisedeque não é condicional
É voluntário, e feito como um ato de fé e gratidão a Deus. Já o dízimo de Arão era condicional. Ou seja, você só tinha se obrigatoriamente contribuísse. O dízimo do Velho Testamento, por ser condicional; ele se tornava obrigatório. Pelo fato dele ser baseado nas regras da recompensa.
Vou dá aqui um exemplo do Velho Testamento que mostra como funcionava o dízimo baseado na regra da recompensa. Pra isso Deus dava ao homem todas as condições pra ele começar. Só que depois ele tinha a obrigação de pagar ao templo a décima parte de sua produção. Neste caso, é o mesmo que você pegar o anzol e as iscas e entregar para o pescador, dando as seguintes condições: olha eu lhe dou todo o material da pescadaria, mais você será obrigado repartir comigo parte do peixe. Em outras palavras; Deus dizia assim ao homem: vou mandar a chuva pra seu campo e você está na obrigação de enviar a décima parte de sua produção para minha casa. Há você não entregou mais o dízimo? Então eu não vou deixar chover mais em seu campo. Há você não entregou o dízimo de seu rebanho? Então sua vaca vai ficar estéril e não dá mais leite e nem dá mais sua cria. Veja o que diz o profeta Malaquias neste verso abaixo que mostra a obrigatoriedade do dízimo no Velho Testamento.
(Malaquias 3:10 – Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.
O dízimo ao se tornar obrigatório e por imposição é antibíblico
Uma coisa é certa, quando se entrega uma coisa forçada e obrigado para poder ter o direito de algo; e gozar de privilégios dentro da instituição religiosa, no mínimo é antibíblico, antipático e vergonhoso. E ninguém faz isso com alegria. A recomendação do Paulo que se dê com alegria para que Deus receba.
O dízimo era condicional no tempo da lei e do sacerdócio de Arão. Só que no sacerdócio de Cristo Jesus, que veio segundo a ordem de Melquisedeque não existe mais tal obrigação. O Senhor Jesus disse o seguinte: (Mateus 10:8 – Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai).
Vimos pelas palavras de Jesus em Mateus 23:23, que Ele sempre foi a favor de que seus seguidores e os judeus fossem féis em seus dízimos. No entanto, eles não podiam deixar de zelar e cumprir o mais importante da Lei de Moisés, que era: juízo, a misericórdia e a fé.
Nossos Senhor Jesus, fez serias críticas aos indivíduos que confiavam no dízimo como poder de barganha para conquistar a simpatia de Deus, obter seu poder, justiça e seu perdão; porque se achavam justos aos seus próprios olhos só porque eram contribuintes assíduos no Santo Templo (Lc 18:12).
Contribuir com o dízimo não é norma
Não existe normatização do dízimo no sacerdócio de Jesus. Isso é muito importante que todo cristão observe para não cair nas garras dos exploradores do dinheiro dos santos. Jesus como representante legal de Melquisedeque, não normatizou o dízimo como lei obrigatória em seu ministério sacerdotal, ainda que assim o pudesse.
O dízimo como lei impositiva sobre os santos
O dízimo que os Pastores adotam hoje dentro das instituições religiosas é obrigado. Mas a Bíblia não dá suporte e nem apoio para pastores, missionários, presbíteros e diáconos tornar o dízimo obrigatório, e forçar as pessoas entregar o dízimo por cima de pau e pedra, só para poder obter honra, poder e privilégios. Tudo o que se torna condicional se torna dívida, e em uma obrigação.
Não estou divulgando este artigo para induzir ou conscientizar você para de contribuir com seu dízimo para o crescimento da obra de Deus. Mas quero fazer com que você contribua de forma consciente, e como um ato de fé e gratidão a Deus pelo que Ele lhe deu. Não contribua esperando mais recompensa de Deus. Deus lhe dá porquê tem o prazer de ver você agradecendo pelas bênçãos que Ele envia pra você. O reino de Deus e seu amor não funcionam seguindo as regras do lá e dá cá.
Acabemos com esse pensamento mesquinho. Deus quando lhe dá uma bênção, você não deve nada a Ele. Até porque Ele é o dono da prata e do ouro. Ele só quer que você saiba lhe agradecer e mais nada mais. Se Deus lhe uma bênção você não tem obrigação de dá satisfação a ninguém.
O dízimo segundo a lei da barganha não existe mais
Na lei lei de Moisés, o dízimo seguia a velha conhecida a lei da barganha ou da reciprocidade. Essa lei já caducou, no sacerdócio de Jesus Cristo. E o que barganha? É uma ação de um indivíduo ou lei que objetiva favorecer alguém ou instituição, para obter lucro ou favor no futuro. Isso era permitido na lei de Moisés. Veja alguns exemplos de referências bíblicas onde essa lei era aceita. Em dotes, no dízimo, em festas de casamentos ou aniversários, etc. Barganha é conhecida como a “lei da reciprocidade”, ou lei da barganha, que só conseguia algo se fizesse para ter em troca (Deuteronômio 11:13-11:15).
Um dos grandes exemplos da lei da barganha usada nos dízimos está no livro de Malaquias capítulo dez que diz: trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos. (Malaquias 3:10-11).
Conclusão
Apesar de não sabermos quem criou o dízimo, Deus e sua sabedoria apoiou e adotou à pratica do dízimo por seu povo, porque viu que era uma coisa boa. Pois até Deus sede humildemente quando o homem cria uma coisa que pode contribuir com o crescimento de seu reino na terra. Quando as ideia e os projetos são corretos; sem pecado e sem má intenção, Deus também concorda. Pois Deus é um Deus, que sabe fazer alianças e fazer acordos para o bem do homem e crescimento de seu reino. Autor: Pbsena