Prova Presencial De Cultura E Sociedade » Tifsa Brasil

Prova presencial de Cultura e Sociedade

Estas são questões da área de Sociologia, e é um material que foi disponibilizado como subsídio escolar para universitários, vestibulandos e alunos do ensino médio, dentre outros. As opções que estão destacadas,. são consideradas as respostas corretas, mais podem mudar de acordo com o ambiente escolar.

Pergunta 1
“Muitas outras definições existem, algumas coincidentes, algumas divergentes. Por ser um fenômeno complexo e multicausal que atinge todas as pessoas e as afeta emocionalmente, a violência foge a qualquer conceituação precisa e cabal.
“ As expressões da violência, para poderem ser compreendidas/ analisadas por meio da ciência, precisam ser:

Entendidas em separado do meio em que se expressam
Desassociadas da cultura aonde se expressam.
Contextualizadas histórica, cultural e relacionalmente ao meio em que se expressam.
Desassociadas das relações sociais onde se expressam.
Compreendidas como universais, portanto independendo do território em que se expressam.

Pergunta 2
“Em primeiro lugar, a passagem da fase “sólida” da modernidade para a “líquida” – ou seja, para uma condição em que as organizações sociais (estruturas que limitam as escolhas individuais, instituições que asseguram a repetição de rotinas, padrões de comportamento aceitável) não podem mais manter sua forma por muito tempo (nem se espera que o façam), pois se decompõem e se dissolvem mais rápido que o tempo que leva para moldá-las e, uma vez reorganizadas, para que se estabeleçam. É pouco provável que essas formas, quer já presentes ou apenas vislumbradas, tenham tempo suficiente para se estabelecer, e elas não podem servir como arcabouços de referência para as ações humanas, assim como para as estratégias existenciais a longo prazo, em razão de sua expectativa de vida curta: com efeito, uma expectativa mais curta que o tempo que leva para desenvolver uma estratégia coesa e consistente, e ainda mais curta que o necessário para a realização de um “projeto de vida” individual.
Para Bauman a modernidade é líquida, por isso mesmo, as relações sociais:

Possuem padrões de comportamento religiosos dada a relevância que a religião alcançou na contemporaneidade.
Solidamente fundamentadas, são mais duráveis e resilientes aos conflitos sociais.
São fluidas, rápidas, inconsistentes, causando, muitas vezes um desconforto constante os indivíduos.
De caráter formais, são cada vez mais pautadas na tradição e manutenção de formas históricas.
Encontram-se equilibradas e estáveis, isentas de conflitos são, portanto,cada vez mais duráveis.

Pergunta 3
“A investigação dos distintos projetos de construção democrática e dos significados que os constituem se põe como tarefa analítica no Brasil pelo menos desde os anos oitenta, com a ruptura da momentânea “unidade” da sociedade civil que havia se construído em torno do restabelecimento do Estado de Direito e das instituições democráticas. O debate entre as várias concepções de democracia que se inicia naqueles anos, expressando a diversidade que sucedeu àquela “unidade”, catalisou boa parte das energias intelectuais e políticas do país. No entanto, nos últimos anos, o que denominamos acima de “confluência perversa” agudizou, desde o nosso ponto de vista, a necessidade dessa tarefa. “
Ao pensarmos em sociedades na contemporaneidade, é certo afirmar que:

Há uma diversidade de projetos sociais, visto a existir uma diversidade de formas de pensar e compreender as relações sociais.
Embora exista uma diversidade de formas de compreensão acerca das relações sociais, mas todas elas resultam num projeto universal de sociedade .
Existe apenas um grande projeto de sociedade, visto que a educação universal alcança a todos e homogeniza o pensamento.
O final das utopias culminou na unificação de um grande projeto de sociedade.
Existe uma diversidade de projetos sociais e todos eles têm em comum seu início religioso.

Pergunta 4
“Acho que há duas dimensões que presidem a emergência dessa nova noção de cidadania e que devem ser lembradas para marcar o seu terreno próprio.
Em primeiro lugar, o fato de que ela deriva e portanto está intrinsecamente ligada à experiência concreta dos movimentos sociais, tanto os de tipo urbano – e aqui é interessante notar como a cidadania se entrelaça com o acesso à cidade – quanto aos movimentos de mulheres, negros, homossexuais, ecológicos etc. Na organização desses movimentos sociais, a luta por direitos – tanto o direito à igualdade como o direito à diferença – constituiu a base fundamental para a emergência de uma nova noção de cidadania.
Em segundo lugar, o fato de que, a essa experiência concreta, se agregou cumulativamente uma ênfase mais ampla na construção da democracia, porém, mais do que isso, na sua extensão e no seu aprofundamento. Nesse sentido, a nova noção de cidadania expressa o novo estatuto teórico e político que assumiu a questão da democracia em todo o mundo, especialmente a partir da crise do socialismo real.”
Acerca dos movimentos sociais, é possível afirmar que:

Surgiram durante a revolução industrial ligados aos movimentos culturais dos proletários.
Surgiram durante o regime absolutista, pautados por questões territoriais.
Surgiram durante a revolução industrial, ligados às questões econômicas.
Surgiram durante o regime absolutista ligados à emergência de dissidências religiosas.
Surgiram na pós-modernidade, ligados à emergência das questões religiosas.

Pergunta 5
“A crença de que a razão é capaz de captar a dinâmica do mundo material e de que a lei natural, inscrita no coração dos homens, pode ser descoberta espontaneamente vai ganhando força, deteriorando, aos poucos, os velhos princípios de autoridade – entre os quais os mantidos pela Igreja católica. Sobre essa base, torna-se mais fácil compreender a emergência do empirismo, do racionalismo cartesiano e o avanço das ciências experimentais que, no seu conjunto, caracterizarão a era moderna.”
Acerca do iluminismo, podemos afirmar que:

Tem caráter economicista, isto é, tem na produção a referência para todas as explicações.
Tem caráter científico, ou seja, tem Deus como centro do mundo e referência para todas as explicações.
Tem Deus como centro do mundo e referência para todas as explicações.
É politeísta já que propõe as divindades como referências para todas as explicações .
Tem caráter antropocêntrico, ou seja, tem o Homem como centro do mundo e referência para todas as explicações.

Pergunta 6
De acordo com Harvey (1992), a modernidade prometia trazer o tipo de clareza e transparência para o ser humano que só a racionalidade poderia oferecer. Prometia a libertação da escassez e das calamidades naturais por meio do domínio científico da natureza. A libertação das irracionalidades da religião e dos mitos, pelo desenvolvimento de formas racionais de organização social.”
Quando falamos sobre as características da modernidade, estamos falando de:

Um momento histórico pautado no antropocentrismo, ou seja, a exacerbação da ideia de um sujeito e seus direitos.
Um momento histórico pautado nas relações igualitárias, portanto uma sociedade de castas, principalmente no ocidente.
Um momento histórico pautado nas relações hierárquicas ligadas ao nascimento e sangue, portanto uma sociedade de castas, principalmente no ocidente.
Um momento histórico pautado no teocentrismo, ou seja, a exacerbação da ideia de um sujeito e seus direitos.
Um momento histórico pautado no absolutismo, ou seja, a exacerbação da ideia de um sujeito e seus direitos.

Pergunta 7
“Na atividade cotidiana de pesquisa em Ciências Humanas é comum encontrarmos inúmeros termos cujos significados são polissêmicos. Vocábulos como “identidade”, “estrutura”, “moral”, “cultura”, “ação”, dentre outros, são motivos de significativos “ruídos” na comunicação científica. Acreditamos que a polissemia, fenômeno de ocorrência habitual na vida cotidiana, tem seus efeitos negativos amplificados quando se trata de termos que, no contexto argumentativo, possuem status de conceito”.
Ao pensarmos em polissemia, é correto afirmar que:

As Ciências humanas e sociais podem e devem abrir mão da contextualização na busca de um entendimento mais exato dos fenômenos.
Polissemia é uma característica das produções ligadas a Ciências humanas e sociais.
A precisão conceitual é uma das características marcantes de conceitos e teorias voltadas às Ciências humanas e sociais.
Todas as Ciências têm a mesma metodologia.
Há uma impossibilidade de produção de ciências se estudamos fatos sociais,

Pergunta 8
“Frequentemente, deparamo-nos com evidências de que o emprego da palavra não garante por si só o compartilhamento intersubjetivo de significados, podendo ocorrer a produção de significados não desejada por aqueles que buscam se comunicar. Por outro lado, buscar um significado unívoco, sem ambiguidades e sem polissemias, para termos que operam abstrações significativas nas Ciências Sociais nos parece improvável, senão impossível. Improvável porque o que confere sentido aos termos abstratos, as generalizações, é a teoria, e esta, nas Ciências Sociais, é inescapavelmente plural.”
Acerca da polissemia conceitual nas Ciências humanas e sociais, é possível afirmar que:

Os conceitos nas Ciências humanas e sociais são polissêmicos visto que seus objetos de análise (fenômenos sociais) não se apresentam da mesma forma que os fenômenos naturais (objetos das ciências naturais/ exatas).
Não há diferenças entre conceitos nas Ciências humanas e sociais, e nas Ciências naturais e exatas, visto estarem associados ao paradigma científico, que é universal.
Os conceitos nas Ciências humanas e sociais são definidos de forma a terem a mesma precisão que os conceitos das Ciências naturais ou exatas, por isso mesmo, várias vezes são apresentados em expressões matemáticas garantidoras de sua precisão.
As Ciências humanas e sociais prescindem do uso de conceitos em suas análises, visto trabalharem com fenômenos de difícil precisão.
Não há como afirmar que se tratam de conceitos científicos, visto poderem ser apresentados de forma diferente.

Pergunta 9
Na abordagem de Kracauer podemos encontrar alguns dos principais problemas e inquietações que os intelectuais alemães desenvolviam no início do século XX . A dura crítica à modernidade, que Georg Simmel e Max Weber desenvolveram em suas principais obras, aparecia como um decisivo problema nos ensaios de Georg Lukács, Karl Mannheim e do próprio Siegfried Kracauer. No centro da resenha de Siegfried Kracauer, sobre a importância das teses que Georg Lukács desenvolvia para compreender o estado atual do romance num “mundo abandonado por Deus”, está presente a ideia de que a modernidade é marcada pela perda do sentido. Acompanhando o raciocínio de Lukács, Kracauer reafirma que a sociedade capitalista estabelece o divórcio entre a alma e as formas, o homem e o mundo, o interior e o exterior, a subjetividade e a objetividade das leis. Se a epopeia descreve um mundo que era concebido como “um Kosmos ordenado, que constitui um homogênese, na qual a substância divina impõe-se no todo, incorporando-se harmoniosamente nos homens e nas coisas” (Kracauer, 1992, p. 83), o “mundo do romance”, ao contrário, é definido como sendo o “mal infinito, isto é, um caos, que não pode ser confinado e compreendido” (Kracauer, 1992, p. 84). Logo, no mundo moderno, expresso pelas sucessivas crises e rupturas, o homem é obrigado a encontrar e estabelecer por si mesmo o sentido das coisas, dos objetos e de suas ações. Orientar-se passa a ser uma necessidade imperativa para restaurar o sentido do mundo perdido após o declínio da religião como sistema organizador da vida das pessoas.”
(ZUIN, J. C. S. A crise da modernidade no início do século XX. In: Estudos de Sociologia v. 6, n. 11 (2001))

Pautando-se no excerto acima citado, nas reflexões feitas em aula e nas leituras indicadas, elabore um texto argumentativo onde você apresenta os principais elementos que constituem a crise da modernidade.

Resposta textual
Aprende-se, que neste sentido, o setor público poderia assumir mas responsabilidades para não perder seu poder moderador e controle da sociedade em geral. Caso o setor publico não atendesse as demandas socais, surgiriam mas cobranças, e ao mesmo tempo crises durante o período moderno como forma de forçar os agentes ceder mais direitos, por acreditar na criação em um mundo melhor. Além disso estas crises, trouxe oportunidades para que as pessoas pudessem acompanhar de perto os avanços nas áreas sociais.

Pergunta 10
“Na atividade cotidiana de pesquisa em Ciências Humanas é comum encontrarmos inúmeros termos cujos significados são polissêmicos. Vocábulos como “identidade”, “estrutura”, “moral”, “cultura”, “ação”, dentre outros, são motivos de significativos “ruídos” na comunicação científica. Acreditamos que a polissemia, fenômeno de ocorrência habitual na vida cotidiana, tem seus efeitos negativos amplificados quando se trata de termos que, no contexto argumentativo, possuem status de conceito. Frequentemente, deparamo-nos com evidências de que o emprego da palavra não garante por si só o compartilhamento intersubjetivo de significados, podendo ocorrer a produção de significados não desejada por aqueles que buscam se comunicar. Por outro lado, buscar um significado unívoco, sem ambiguidades e sem polissemias, para termos que operam abstrações significativas nas Ciências Sociais nos parece improvável, senão impossível. Improvável porque o que confere sentido aos termos abstratos, as generalizações, é a teoria, e esta, nas Ciências Sociais, é inescapavelmente plural.” (Cotanda, Fernando Coutinho. A POLISSEMIA DOS CONCEITOS E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A SOCIOLOGIA: OS USOS DO TERMO “SISTEMA”. In: Educ. Soc., Campinas, v. 35, nº. 128, p. 629-996, jul.-set., 2014. P 830)

Partindo do que você estudou em aula, das leituras indicadas e do excerto acima, produza um texto argumentativo acerca da polissemia dos conceitos nas ciências humanas e sociais.

Resposta textual
O conceito de polissemia é a noção de uma concepção de múltiplos significados nas ciências sócias, que são colocação dentro do contexto, que podem mudar drasticamente o sentido de terminado um assunto e seus objetivos científicos. Algumas palavras polissêmicas, são importantes para dar sentido e consistência em uma ideia ou tese.

Notação importante
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