Era um homem de Judá que se apropriou secretamente de alguns despojos na guerra de Jericó. Ele era como horeu (Gn 36.27), uma variação de Acar em 1 Crônicas 2.7; também em certos manuscritos da LXX e siríacos despojos da guerra, quando Jericó foi derrotada (Js 7.1-26;22.20). O Senhor revelou a Josué que a derrota de Israel em Ai fora causada pela presença do pecado no acampamento dos israelitas.
Quando lançando sortes de forma sagrada, descobriu-se quem era o transgressor, Acâ confessou ter cobiçado, roubado e escondido em sua tenda vestuários finos, prata e ouro, objetos que estavam destinados a ser “consagrados ao Senhor para destruição” ou “para o tesouro” (Js 6.17-19; 1 Samuel 15.33). Acâ e toda a sua família foram apedrejados até à morte, e enterrados (juntamente com todas as suas posses) no vale de Acor (que significa “perturbação”), ao sul de Jericó. O roubo teria acarretado^ apenas o castigo da restituição em dobro (Ex 22.4,7), mesmo em situações de paz, mas Acã violou a santidade especial das “coisas consagradas” que haviam sido eternamente separadas do uso comum. Ele ousou colocá-las “debaixo da sua bagagem” (Js 7.11).
O antigo conceito de solidariedade comunitária está subjacente à história em toda parte. (1) o pacto divino da unidade de Israel como nação “consagrada” (isto é, santificada) (cf. Êx 13.11-15; 4.23) deu-lhes a segurança da proteção do Senhor; (2) A ofensa de Acã estabeleceu sua associação com os cananeus que eram “consagrados ao Senhor para a destruição” (isto é, amaldiçoados) e o separou da proteção do pacto (Js 6.17,18;7.15); (3) a ofensa de Acâ tornou-se a ofensa de Israel até que eles se separassem das “coisas consagradas” cujo fim deveria ser a destruição (Js 6.18; 7.11,12); (4) toda a família de Acã e todas as suas posses haviam sofrido o estigma das “coisas consagradas” e compartilharam sua responsabilidade e destruição (Js 7.24,25).