Parábola do semeador e do grão de mostarda - Marcos 4 » Tifsa Brasil

Parábola do semeador e do grão de mostarda – Marcos 4

Parábola do semeador
1 – E OUTRA vez começou a ensinar junto do mar, e ajuntou-se a ele grande multidão, de sorte que ele entrou e assentou-se num barco, sobre o mar; e toda a multidão estava em terra junto do mar.
2 – E ensinava-lhes muitas coisas por parábolas, e lhes dizia na sua doutrina:
3 – Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear.
4 – E aconteceu que semeando ele, uma parte da semente caiu junto do caminho, e vieram as aves do céu, e a comeram;
5 – E outra caiu sobre pedregais, onde não havia muita terra, e nasceu logo, porque não tinha terra profunda;
6 – Mas, saindo o sol, queimou-se; e, porque não tinha raiz, secou-se.
7 – E outra caiu entre espinhos e, crescendo os espinhos, a sufocaram e não deu fruto.
8 – E outra caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu; e um produziu trinta, outro sessenta, e outro cem.
9 – E disse-lhes: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
10 – E, quando se achou só, os que estavam junto dele com os doze interrogaram-no acerca da parábola.
11 – E ele disse-lhes: A vós vos é dado saber os mistérios do reino de Deus, mas aos que estão de fora todas estas coisas se dizem por parábolas,
12 – Para que, vendo, vejam, e não percebam; e, ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não se convertam, e lhes sejam perdoados os pecados.
13 – E disse-lhes: Não percebeis esta parábola? Como, pois, entendereis todas as parábolas?
14 – O que semeia, semeia a palavra;
15 – E, os que estão junto do caminho são aqueles em quem a palavra é semeada; mas, tendo-a eles ouvido, vem logo Satanás e tira a palavra que foi semeada nos seus corações.
16 – E da mesma forma os que recebem a semente sobre pedregais; os quais, ouvindo a palavra, logo com prazer a recebem;
17 – Mas não têm raiz em si mesmos, antes são temporãos; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição, por causa da palavra, logo se escandalizam.
18 – E outros são os que recebem a semente entre espinhos, os quais ouvem a palavra;
19 – Mas os cuidados deste mundo, e os enganos das riquezas e as ambições de outras coisas, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera.
20 – E estes são os que foram semeados em boa terra, os que ouvem a palavra e a recebem, e dão fruto, um trinta, e outro sessenta, e outro cem.

Parábola da candeia
21 – E disse-lhes: Vem porventura a candeia para se meter debaixo do alqueire, ou debaixo da cama? não vem antes para se colocar no velador?
22 – Porque nada há encoberto que não haja de ser manifesto; e nada se faz para ficar oculto, mas para ser descoberto.
23 – Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça.
24 – E disse-lhes: Atendei ao que ides ouvir. Com a medida com que medirdes vos medirão a vós, e ser-vos-á ainda acrescentada a vós que ouvis.
25 – Porque ao que tem, ser-lhe-á dado; e, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado.

Parábola da semente
26 – E dizia: O reino de Deus é assim como se um homem lançasse semente à terra.
27 – E dormisse, e se levantasse de noite ou de dia, e a semente brotasse e crescesse, não sabendo ele como.
28 – Porque a terra por si mesma frutifica, primeiro a erva, depois a espiga, por último o grão cheio na espiga.
29 – E, quando já o fruto se mostra, mete-se-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa.

Parábola do grão de mostarda
30 – E dizia: A que assemelharemos o reino de Deus? ou com que parábola o representaremos?
31 – É como um grão de mostarda, que, quando se semeia na terra, é a menor de todas as sementes que há na terra;
32 – Mas, tendo sido semeado, cresce; e faz-se a maior de todas as hortaliças, e cria grandes ramos, de tal maneira que as aves do céu podem aninhar-se debaixo da sua sombra.
33 – E com muitas parábolas tais lhes dirigia a palavra, segundo o que podiam compreender.
34 – E sem parábolas nunca lhes falava; porém, tudo declarava em particular aos seus discípulos.

Tempestade apaziguada
35 – E, naquele dia, sendo já tarde, disse-lhes: Passemos para o outro lado.
36 – E eles, deixando a multidão, o levaram consigo, assim como estava, no barco; e havia também com ele outros barquinhos.
37 – E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.
38 – E ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos?
39 – E ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te. E o vento se aquietou, e houve grande bonança.
40 – E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?
41 – E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?

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